Bebo ao lar em pedaços,
À minha vida feroz,
À solidão dos abraços
E a ti, num brinde, ergo a voz…
Ao lábio que me traiu,
Aos mortos que nada vêem,
Ao mundo, estúpido e vil,
A Deus, por não salvar ninguém.
Poema de 1934 da poeta ucraniana Anna Akhmátova que viveu entre 1889 e 1966. Foi perseguida por Stálin e proibida de publicar seus trabalhos por quase 30 anos. Foi expoente do movimento literário modernista russo, chamado acmeísmo, iniciado em 1910.
