“Para todo o sempre, como sobre a areia branca do tempo, e graças a este instrumento que se destina a medi-lo, mas que por ora apenas vos fascina e esfomeia, para todo o sempre, reduzido a um infinito fio de leite a escorrer de um seio de vidro. Perante e contra tudo, manterei que o sempre é a grande chave. Tudo o quanto amei – quer o tenha ou não conservado comigo -, sempre haverei de amá-lo.”
(Trecho do livro O Amor Louco, do poeta e escritor francês André Breton, um dos pais do movimento surrealista. Publicado em 1937, o livro reúne poemas, fotografias, divagações e reflexões sobre o amor, além de narrativas de casos acontecidos com ele em Paris. Para Breton, o amor pode ser comunicação do coração ou carnal, compulsivo. A união dos dois é o que ele chama de ‘amor louco’, o mais sábio e sublime que nossa alma pode alcançar.)