Tem um ditado popular zen que diz mais ou menos o seguinte: se você não tem tempo para meditar um minuto por dia, então medite dois.
O mesmo vale para um importante debate que volta e meia é negligenciado, menosprezado e até debochado nesses tempos estranhos que estamos vivendo: o dos direitos humanos. Pra muita gente, inclusive do nosso Congresso, essa é uma expressão desbotada, embaçada, que serve apenas para ‘proteger bandidos’ – quem nunca ouvi a infame frase “direitos humanos para humanos direitos”?
Pois então, se você não dá muita atenção para o tema, ou se o clima obscurantista atual te deixa meio deprê, achando que não adianta nada falar sobre direitos, é justamente nessa hora que você tem que botar a boca no trombone.
Daí que a Iara Pietricovsky, antropóloga, atriz e minha chefe no Inesc, teve uma daquelas ideias que enchem os olhos de qualquer um que atue nessa seara de luta por direitos. Ela resolveu unir teatro e militância, e o resultado é projeto Direitos Humanos em 2 minutos (DH2), do qual estou participando como assessor de comunicação, espalhando o trabalho aos quatro ventos. Serão 12 filmes curtos, entre 2 e 5 minutos, tratando de temas importantes como racismo, aborto, violência contra a mulher, preconceito de gênero e agendas importantes como clima, aquecimento global, mobilidade urbana e direitos territoriais.
O primeiro vídeo da série já está no ar: O Direito de Quem Ama, que fala sobre a violência contra as mulheres. Uma porrada e tanto!
Em cena estão a Iara e outra grande figura, Alexandre Ribondi, ator de primeira linha também, e um autor refinado – são deles os textos dos filmes. Aliás, que textos! Poesia pura!
Enfim, tá dado o recado. Aproveite para conhecer também a página do projeto no Facebook e o canal no Youtube.