Talvez nossa perda não seja grande; mas Josefina, redimida dos anseios terrenos a que, segundo ela, estão predestinados os eleitos, irá se perder, cheia de júbilo, entre os incontáveis seres de nosso povo. E depois, dado que a história não nos interessa, entrará, como todos os seus irmãos, na exaltada libertação do esquecimento.
(trecho de Josefina, a Cantora – ou O Povo dos Ratos, último conto escrito por Franz Kafka, em 1924, e publicado na coletânea Um Artista da Fome, pouco após a morte do escritor, no mesmo ano. Pode ser lido na íntegra aqui)