
Demorei mas encontrei um tempinho pra também homenagear o Zé Rodrix, que morreu na última quinta-feira, aos 61 anos. Já escrevi muito sobre ele aqui no blog e tive a honra de entrevistá-lo por duas vezes: uma pelo JB em 2001, quando voltou a se reunir com Sá e Guarabyra para tocar no Rock in Rio 3 (foi capa do Caderno B ) e outra se não me engano no ano seguinte, pela editora Record, quando estava lançando o primeiro livro da trilogia sobre o templo de Jerusalém, Johaben.
Os papos foram sempre na confortável casa onde morava ali perto da avenida Sumaré, zona oeste da capital paulista. Maçon, multi-instrumentista, compositor de primeira e aficcionado por romances históricos, Zé era bom de papo e conversávamos por horas sobre música, política, literatura, religião. Integrante de várias bandas de primeira, como Som Imaginário (que acompanhava Milton Nascimento na década de 1970), o trio Sá, Rodrix & Guarabyra e Joelho de Porco, autor de muitos sucessos (Casa no Campo, Mestre Jonas, Hoje Ainda é Dia de Rock, Fala), Zé Rodrix não se conformava com a exaltação da mediocridade que imperava (e ainda impera) na mídia. Dizia que pretendia lançar um livro cujo título seria algo como “Alugaram Nosso Gosto”, para descer a lenha nesse pessoal que não tem coragem de dizer que a voz do Milton Nascimento já era, que a Rita Lee está gagá para o roquenrol e que Barão Vermelho é pastiche de si mesmo há anos.
Vai fazer uma puta falta esse cara, ô se vai! Saber que ele estava por aí, batucando as teclas de um piano ou computador, era reconfortante. Agora resta seus discos, livros, vídeos e nada mais…
No meio das lembranças do passado eu não estou sozinho:
Feira Moderna (Som Imaginário – 1970)
Hoje Ainda é Dia de Rock (Sá, Rodrix & Guarabyra – 2001)
Trombadinhas (São Paulo By Day) (Joelho de Porco – 1976). Ok, não é com o Zé Rodrix, que só entraria anos depois, mas essa música é foda!
Primeira Canção da Estrada (Sá, Rodrix & Guarabyra – 1972)
Fala (Secos & Molhados – 1973) Zé Rodrix fez os arranjos e tocou teclado mini-moog nessa música)
Jingle para a Chevrolet – anos 80)
Ele vai fazer uma tremenda falta… bela homenagem!
Parabéns pela casa nova. Já linkei.
abraço
Acho que quem curtiu Zé Rodrigue, pode ir a show foi um privilegiado….. mardito fiapo de manga …. vai deixar saudade !!!!!!
beijos
Bom, vamos lá.
Talvez um dos jingles mais legais de todos os tempos. Embalou uma geração:
Pois é, Jorge. O pior é que músicos como ele não têm tido reposição!
Abraços!
Nao tem mesmo, Ana. E vem cá, esse CPII é Colégio Pedro II?