Amanhã tem lançamento de um livro bacana no Rio: Tecnobrega: o Pará reinventando o negócio da Música, do Ronaldo Lemos e da minha amiga Oona Castro. Vai ser na livraria do Unibanco Arteplex (Praia de Botafogo, 316), a partir das 19h30. É da editora Aeroplano e faz parte da coleção Tramas Urbanas.
Ronaldo e Oona estudaram ao longo de 2006 e 2007 os modelos de negócios abertos, pelo Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas Direito Rio, em parceria com o Overmundo, FGV Opinião e Fipe-USP. O livro é baseado em relatórios e materiais produzidos por pesquisadores de primeira: o próprio Ronaldo Lemos, Hermano Vianna, José Marcelo Zacchi, Elizete Ignácio e Monique Menezes, entre outros.
Hermano Vianna explica o contexto do livro:
Que a indústria fonográfica mundial está em crise, disso ninguém duvida. Todo mundo anda procurando o “novo modelo de negócios”. Escondido em Belém do Pará, o tecnobrega testa uma original economia criativa há anos, na marra. As músicas saem direto de estúdios de periferia e são distribuídas nos camelôs da cidade, animando gigantescas festas de aparelhagem, sem mais depender da grande mídia ou gravadoras. Um mundo paralelo cujo funcionamento é finalmente revelado neste livro, estudo pioneiro sobre as novas indústrias culturais que comandam a vida musical mais popular no Brasil de hoje. Quem quiser pensar o futuro da música não pode ignorar as lições tecnobregas da Amazônia digital.
Essa questão é interessante, mas tem outra.
Embora a maior parte do tecnobrega (os imitadores, diluidores, boçais, puxa-sacos de donos das aparelhagens, etc) façam música de má qualidade, existem alguns grupos que fazem música pop linda, melódica, com arranjos simples mas delicados, e letras ingênuas como no brega-pop “melody” antigo.
Esse tecnobrega de qualidade é muito melhor do que qualquer música incensada pela galerinha cult: “música popular paraense”, rock, misturebas com guitarradas e carimbó, música instrumental, etc, etc, etc.
A questão aqui acho que é menos a qualidade do som que eles fazem, e mais o modo de produção e distribuição desse som.
Eu já escutei esse som e nem curti muito, mas enfim, gosto é gosto, certo?
abs!