O Rainbow Warrior vai navegar entre setembro e dezembro deste ano pelo Mar Mediterrâneo em campanha contra a queima de carvão para a produção de energia. A ele se juntará o Artic Sunrise, outro barco do Greenpeace. O carvão é a principal fonte de energia da Europa e responsável direto pelo aquecimento global. A expedição tem como objetivo fazer campanha para que o mundo deixe de usar essa fonte energética altamente poluidora e invista na Revolução Energética que tem como base soluções mais baratas e limpas como eólica, geotérmica e solar, entre outras.
Por falar em geotermia, o pessoal do Google pretende investir US$ 10 milhões para produzir esse tipo de energia. Na página da divisão filantrópica do grupo, o Google.org, há detalhes do projeto, que tem enorme potencial. Na Islândia, por exemplo, a energia geotérmica garante 30% da eletricidade do país e 90% do aquecimento das casas e da água das residências.
Ok, a Islândia é um país micro com demanda por energia infinitamente menor do que os Estados Unidos ou Brasil, mas a geotermia tem potencial para providenciar eletricidade 24 horas por dia, sete dias por semana, a um preço mais baixo do que o do carvão – e sem os problemas ambientais deste. E está disponível em praticamente todas as regiões do planeta. Saca só o tamanho do recurso geotérmico disponível nos Estados Unidos.
Jorge, o carvão é um tema propício aqui no Brasil também. No Sul, temos um exemplo evidente dos opostos: Osório (+/- 100 km antes de Porto Alegre) é a auto-proclamada “Terra dos Bons Ventos”, sede de uma usina eólica que tem hélices a perder de vista para quem passa pela BR. Pouco antes, Tubarão e Sangão, municípios de Santa Catarina, são turvos de carvão, termoelétricas e queimas generalizadas. Vale uma visitinha.
Um abraço,
mh
Contraste bom esse, Mário! Osório é o futuro, Tubarão e Sangão, o passado, triste passado…
es verdad…