O que nos torna humanos? Será por que amamos, por que brigamos? Por que rimos? Choramos? Nossa curiosidade? A busca pela descoberta? O cineasta (e fotógrafo e jornalista) francês Yann Arthus-Bertrand passou três anos coletando estórias de 2 mil pessoas em 60 países para responder às questões propostas e contar histórias de luta contra a pobreza, guerras, homofobia e o futuro do nosso planeta. O resultado é o documentário Humano.
O filme foi dividido em três partes. A primeira trata dos temas amor, mulheres, trabalho e pobreza. A segunda fala sobre guerra, perdão, homossexualidade, família e vida após a morte. A terceira e última discorre sobre felicidade, educação, deficiência, corrupção e sentido da vida.
Foi criado um canal do projeto no Youtube com o trailer do filme (abaixo), as três partes e algumas das entrevistas. Não sei se ele vai colocar todas as entrevistas individualizadas no canal, espero que sim. Algumas são antológicas como a deste que parece ser um sem teto americano propondo uma trégua a quem tem mais recursos. Ele aparece na primeira parte. Infelizmente um dos depoimentos mais poderosos que o documentário tem, da menina albina Rhite, de Kinshasa (capital do Congo), ainda não está disponível.
Os depoimentos todos são fortes e emocionantes, alguns inacreditáveis. Na primeira parte do documentário aparecem dois brasileiros – um cara e uma moça, ambos aparentemente do Rio de Janeiro (nenhum deles é identificado por nome ou país de origem, você tem que sacar isso pelo que a pessoa fala – sotaque, indicações, língua etc) e apenas um famoso, o Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai (pelo menos que eu tenha identificado). Além histórias de vida, o que chama atenção é a diversidade humana, a infinita diferença de fisionomias, uma mais bela do que a outra, belezas únicas, diversas.