Quando meu filho Martim tinha mais ou menos a idade da menina do vídeo acima, fomos à Santa Ifigênia, no centro de SP, para eu comprar umas quinquilharias eletrônicas. Na volta pro metrô, pegamos uma baita chuva, torrencial, pelo Vale do Anhangabaú. No início tentei correr com ele no colo, mas como era inútil, desacelerei e disse: “filho, olha que legal, a gente não vai precisar tomar banho hoje! E ainda podemos ‘comer’ chuva!” Em seguida levantei a cabeça e fiquei tentando ‘morder’ as gordas gotas que caiam. Martim abriu um baita sorriso e começou a me imitar. Foi um dia mágico.
Chegamos ensopados em casa, para desespero da esposa/mãe. Mas estávamos quicando de felicidade. Ríamos, lembrávamos de poças gigantes que tínhamos pulado, as gotas imensas que tínhamos comido. Um dia mágico que volta e meia recuperamos com carinho – e um baita sorriso – nas conversas.