Interessantes reflexões de Susan Sontag – sobre a natureza humana, o amor, a vida:
“De Rilke:
‘… a grande questão: … se somos continuadamente inadequados no amor, incertos na decisão, impotentes face à morte, como é possível existir?’
Ainda assim, existimos, afirme isso. Afirmamos a vida de paixão. Ainda assim há mais. Fugimos não da real natureza, que é animal, id, para uma consciência auto-torturante imposta externamente, super-ego, como Freud diria – mas o contrário, como Kierkegaard diz.
Nossa sensibilidade ética é o que é natural ao homem, fugimos disso para a besta; o que é meramente para dizer que eu rejeito a paixão fraca, manipulativa, desesperadora, não sou uma besta, não serei um ‘futilitário’. Eu acredito em mais do que o épico pessoal com uma busca heróica, em mais do que minha própria vida: acima dos desesperos falsos, há a transcendência da liberdade. É possível conhecer mundos que outros não experimentaram, escolher uma resposta para a vida que nunca foi oferecida, criar uma essência forte e frutífera…”
“Nada é misterioso, nenhuma relação humana. Exceto o amor.”
“Amar significa desejar destruir a si mesmo pela outra pessoa.”
“Só tenho interesse em pessoas engajadas num projeto de auto-transformação.”