“Como judeu, sinto vergonha”

Meu camarada Marcelo Kischinhevsky, professor de Jornalismo e doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ, me mandou um texto sincero, humano, sobre a punição que Israel impõe sobre o povo palestino. Na verdade, é um texto sobre intolerância, de ambas as partes. Sem mais delongas, segue abaixo:

Como judeu, sinto vergonha. Envergonha-me o uso de artilharia pesada contra alvos civis, como escolas, o campus da Universidade Islâmica de Gaza e instalações da Organização das Nações Unidas. Envergonha-me o cerco às fronteiras do território palestino, que remete aos piores momentos da história humana e evoca imagens do Gueto de Varsóvia. Envergonham-me as restrições ao trabalho da imprensa, impedida de trazer à luz do sol grande parte dos fatos de uma guerra que vem sendo travada, especialmente, no campo da (des)informação. E envergonha-me, sobretudo, ver Israel rebaixando-se à política do ódio praticada pelos terroristas que tanto deseja aniquilar.

Se há algo que não tolero – perdoem a figura de retórica – é a intolerância. O fanatismo de parte a parte nos levou a um conflito sangrento em que a primeira vítima acaba sendo a razão. Antes que seja acusado de antissionista, devo afirmar que não represento grupos de qualquer tipo. Falo aqui como cidadão do Brasil, país onde, afortunadamente, as diferenças de ordem religiosa são em geral respeitadas. Salvo ocasionais chutes em imagens de santas.

Para os ultraortodoxos, não poderia nem ser considerado judeu, pois minha mãe (maranhense de São Luís) converteu-se à fé judaica quando se casou com meu pai, filho de imigrantes da antiga Bessarábia e da Rússia. Como já demonstraram Hobsbawn e Ranger, tradições são invenções humanas. Muitas vezes, seus sentidos originais deslocam-se, transformam-se, deformam-se. A “transmissão” do judaísmo pelo ventre materno, muitos já nem lembram, foi uma estratégia de sobrevivência decidida pelos rabinos durante período de ocupação romana na Palestina, quando o estupro em massa era uma arma de guerra, visando à “romanização” dos territórios conquistados. Hoje, quem diria, virou instrumento de discriminação, usado por aqueles religiosos que condenam os casamentos entre judeus e não-judeus.

Falo, portanto, como judeu, fruto de uma tradição liberal e que busca a compreensão e a aceitação do Outro. Não que o Hamas seja um grupo aberto ao diálogo. Sabemos que não: quando Israel se retirou da Faixa de Gaza, o Hamas iniciou uma onda de assassinatos de líderes do Fatah, que desarticulou a ala moderada palestina no território. O Hamas prega publicamente a destruição do Estado de Israel. Lucra com o embargo a Gaza, administrando o contrabando, que abrange desde armas até itens de primeira necessidade, como remédios e comida. Esconde armas em escolas e mesquitas. Usa crianças como escudos humanos. Promove atentados suicidas, agora inclusive por meio de mulheres-bomba. Mas nem por isso devemos tomá-lo pela totalidade do povo palestino.

Assusta-me ouvir de judeus à direita e à esquerda que a guerra é “necessária” e que não se deve respeitar quem sonha com a nossa destruição. Estão cegos a ponto de não perceberem a generalização – palestinos = homens-bomba? É preciso lembrar que também judeus foram tachados de terroristas, pelos atentados a alvos britânicos, soberanos da região na época da partilha da Palestina.

A cotidiana chuva de foguetes sobre o lado israelense da fronteira é uma realidade que tem profundas repercussões econômicas, políticas e psicológicas, especialmente sobre as novas gerações já habituadas a correr para bunkers quando soam as sirenes. Mas estes atos de terrorismo, praticados por uma minoria armada, estão longe de justificar a agressão a todo um território, onde se refugiaram centenas de milhares de civis palestinos, expulsos de suas terras pela criação do Estado judeu e pelos sucessivos assentamentos em áreas tomadas durante conflitos militares.

Difícil engolir o discurso de que as imagens trazidas pelos poucos repórteres de agências internacionais de notícias presentes na região sejam fraudes, como sugeriu uma representante da comunidade judaica, que acusou esta semana a imprensa de cruzar a “linha da decência ao expor até nas primeiras páginas fotos de crianças mortas, crianças feridas e até mesmo fotos montadas”. Devemos creditar todas as tragédias relatadas durante a ofensiva à máquina de propaganda palestina? Onde foi parar a tradição humanista do judaísmo, da qual sempre me orgulhei?

A agressão de Israel só vai gerar mais agressões, fortalecendo o fanatismo e o ódio. Não se combate o terror com tanques em áreas urbanas, mas com inteligência. Israel tem direito a defender-se e lutar por sua existência como Nação. Isso só não deve ser pretexto para que os israelenses passem um cheque em branco nominal à ultradireita judaica, com sua agenda belicista e sua argumentação rasteira, de relações-públicas de quinta categoria.

Em nome da razão e de um futuro para o Oriente Médio, parem a guerra em Gaza. Já.

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23 respostas para “Como judeu, sinto vergonha”

  1. Oona disse:

    Jorge,
    clap, clap!
    Bom ler o que escreve, sempre.
    Embora não entenda quase nada do conflito, quero comentar. É justamente porque acho que está bem fora do entendimento da gente. O que eu gostaria que alguém me revelasse e me fizesse compreender é como a guerra faz parte do coração desses povos. Já conversei um bocado com judeus israelenses (e tb com ex-moradores da Palestina) e existe uma cultura de guerra que a nós não faz sentido. Me parece que nossa racionalidade é incapaz de entender e explicar a guerra da faixa de gaza. Todas as explicações – econômicas, religiosas, políticas – parecem-se simplificações do conflito.

    Pergunta: a guerra é alimento deste povo (alimento para a identidade, para a economia, para a valoração de seu povo)?
    Beijo

  2. escriba disse:

    VAleu, Oona! Mas ó, o texto não é meu nao, viu? é do meu camarada Kischinhevsky, com quem estudei na ECO. MAs tá valendo!

    E já arrumou apê? se não, boa sorte na empreitada! Tem uns quarto e sala maneiros na Gávea, Botafogo (nas ruas secundárias) e em Laranjeiras, viu?
    valeu!

  3. Itala disse:

    O mundo precisa de pessoas de alma livre e mente lúcida como Marcelo. Como sua companheira, sinto orgulho.

  4. Eli disse:

    Jorge
    O texto é de encher os olhos de lágrimas. Por favor, dê um abraço no seu professor, por mim. E fique com outro pra vc… rs…
    beijão

  5. Yeda disse:

    Como judia envergonha-me ler o texto de alguém que não mora em Israel e não sabe, de fato, o que é ter que viver na eminência diária de morrer dentro de um shopping, numa cafeteria ou a caminho do trabalho, dentro de um ônibus, estilhaçado por um homem, mulher ou criança palestina, que após a sua auto-explosão vira mártir pelo seu povo.
    Sou a favor da frase enough is enough, porque Israel é um pequeno pedaço de terra conquistado pelos judeus, e que, desde então, se viu obrigado a mandar seus filhos para fronteiras cercadas de inimigos por todos os lados.

    Graças a esses Homens e Mulheres, você, que se diz envergonhado, poderá, por exemplo, refugiar-se caso algo semelhante ao vivenciado por seus avós paternos na Segunda Guerra Mundial aconteça.
    Israel, diferente do que a imprensa do mundo inteiro noticia, vive outra realidade e não brinca de matar civis ao seu bel prazer. Se a situação chegou a esse ponto é porque existe muito mais sujeira do que imaginamos e lemos nos veículos diários.
    Pela existência de um Estado Judeu entendam o direito de Israel se defender e exterminar de vez as facções terroristas. Já.

  6. Yara disse:

    “…exterminar de vez as facções terroristas. Já.”
    Nossa! a intolerância está mais próxima do que podemos imaginar.
    Pensei que fosse claro, não só pra mim, que essa guerra atual só vai gerar mais ódio, estimular o fanatismo, aumentar as diferenças, tornar mais distante a possibilidade de uma nova geração mais tolerante, mais aberta a uma convivência pacífica.

    Mas há quem defenda…

  7. Yeda disse:

    Yara, não existe “três pontinhos”. Não defendemos nada, que não seja a paz. E a paz de fato só pode ser alcançada com atitudes concretas. Com inteligencia, e não com provocações.

  8. Artur disse:

    Escriba,
    Desculpe-me dizer, mas vejo este texto completamente contraditório.
    Ele afirma que Israel tem sim direito à defesa, que o Hamas prega o fim de Israel e bombardeia o país diariamente mesmo após a desocupação de Gaza. Afirma que o Hamas usa escudos humanos e lança seus mísseis de áreas povoadas.
    No entanto, culpa Israel pelas baixas no lado Palestino.

    Querias que Israel se conformasse em viver para sempre com foguetes caindo o tempo todo em suas cidades? Vc viveria assim? Mandaria seus filhos à escola sabendo que alguns foguetes irão cair e que algumas vezes ao dia seu filho terá que correr para o bunker para se proteger. Simples, né?
    Não caia na armadilha da mídia. Se for depender de fotos trágicas, Israel nunca vencerá uma batalha. Cada casa, cada escola, cada quarteirão tem um abrigo anti-aéreo.

    Por outro lado, como vc mesmo disse, os palestinos são usados de escudos humanos. E 50% da população palestina é composta por crianças. Além disso, num território controlado pelo Hamas, só publica-se fotos que o grupo permite. Que não obedece, é considerado “traidor”(preciso falar o que acontece?).
    Se Israel se desculpa por ter acertado algum alvo errado e vc sente-se mal por mortes de civis, pode ter certeza que os terroristas do Hamas também se sentem mal, porém quando NÂO conseguem matar judeus ou quando seus misseis NÃO caem em escolas ou hospitais. Esta é a diferença.

    Me espanta ele ter conhecimento do que está por trás e das causas deste recente conflito e mesmo assim deixar-se influenciar por propaganda digna de tablóide.
    Israel perde muito com isso, é o preço que se paga por ser uma democracia. Seria mais fácil controlar toda a imprensa e proibir a Cruz Vermelha e a Anistia Internacional de trabalhar, como fazem a maioria dos paises árabes. Alias, essas duas entidades que deitam e rolam dentro de Israel(com todo direito) jamais puderam visitar o soldado israelense sequestrado ha 2 anos pelos palestinos.
    Muitos se aproveitam deste sensacionalismo. Fundamentalistas islamicos, neo-nazis e até mesmo radicais de esquerda que não hesitam em gritar pelo fim de Israel não importando a causa do conflito.

    Não que eles morram de amor pelos palestinos. Na verdade, o que realmente os incomoda e os une,entre outros motivos, é o fato de verem judeus- aqueles que sempre foram subjugados(como seus avós)- agora podendo se defender.
    Um ódio antissemita que sempre existiu e sempre existirá, com ou sem Israel.
    Eu não vi protesto algum pelos dezenas de milhares de negros mortos no Sudão por milicias árabes. Aonde estavam os humanistas da esquerda?(neo-nazis e muçulmanos eu nem preciso perguntar)

    Também me solidarizo com os palestinos vítimas das desgraças trazidas pelo Hamas em Gaza. Mas não culpo Israel, principalmente após a desocupação da região.
    Pena, pode ser. Vergonha, jamais.

  9. sheila disse:

    Yeda:
    A paz só pode ser alcançada jogando bombas de fósforo em civis? Colocando crianças inocentes em casarões e fuzilando-as? Jeito estranho de conseguir paz…

  10. angelo rossi disse:

    israel é um lugar fascinante de verdade e muito importante para um mundo onde se preze a diversidade. e é normal que não-judeus se interessem pelo que acontece por lá, para além de discussões ideológicas.
    só o que não topo é ver gente que acha que sabe discutir com todo embasamento pq é judeu.e q acha que um goy (goim?) nunca sabe o que se passa por lá. e ponto. não se pode discutisir.

    tenho certeza que israel não é ehud barat, não é o likud, não são alguns fundamentalistas, não são alguns judeus que não moram em israel mas pregam a tolerancia zero.
    israel é muito melhor do q isso. e muitas das pessoas q fazem israel ser um lugar melhor do q um clichê de classe-média-com medo-da-favela provavelmente se sentiram desconfortaveis. só isso, porra.

    do meu amigo kischnevsky (de quem poderia discordar..não é esse o caso..) só poderia esperar uma posição moralmente semelhante, pq conheço bem seu carater. é como se ele dissese “foi mal..não posso ser menos correto do que isso!” lamento pelos que discordaram, mas não dava pra ficar calado.
    abraços para todos. até pra vcs dois feiosos, jorge e kishiba. é uma honra ser amigo de vcs.

  11. Yeda disse:

    Gostaria de me retratar. Vejo que escrevi de forma emocional e, com isso, me expressei mal. Temos, graças a D’eus, a liberdade de escrever e expressar nossas idéias.
    Mas, dói, de verdade, ler matérias ou textos que parecem mostrar somente um lado da história, sem dar um panorama do que acontece no dia-a-dia levando Israel a se defender (não justificando a morte de nenhum ser humano).
    Angelo, não sei discutir nada mais ou menos que ninguém. De forma alguma. Não tem essa de não judeu não saber o que se passa por lá. Quis sim dizer para o autor, que antes de sentir vergonha por ser judeu é importante saber o que de fato esse sentimento move. Por exemplo, defender a sua Terra. E para entender de fato, sem ficar replicando somente o que a imprensa publica, é necessário saber o que é o dia-a-dia de um Palestino, um Israelense, um integrante do Hamas e por aí vai.

    Ninguém, que seja a favor da paz pode entender a perda de uma vida sequer, mas temos que entender o contexto que levou a uma reação. E não só a reação.
    Eu sou a favor da paz. Em todos os sentidos.

  12. angelo rossi disse:

    querida ieda, não estava me referindo a vc. é que essa é uma discussão que sempre está no ar. fico puto sim é com os “durões” que se arvoram a pregar um comportamento violento e rancoroso… diretamente da praia do leblon. e não admitem discussões.

    israel não pode ser só um clichê. é um pais de verdade com gente morando. não é só um monte de fotos de soldados de quipá saindo de tanques. é mais que isso. basta ver um filme como the buble. meu deus..

    um judeu deveria estar interessado em desmistificar esse cliche, não é? mas tem uns idiotas que não pensam nisso. e tb que não têm um decimo da sua gentileza.
    muito obrigado por discutir um assunto duro com doçura.

  13. paulo rodrigues disse:

    Judeus x Árabes
    Ódio entre iguais… Cada qual com suas razões fundamentais. Razão? – Intolerancia, egoismo, falta de amor ao próximo. Católicos e protestantes matam-se na Irlanda. Bascos na Espanha, Russos na… etc… Por toda parte, na Àsia, na África e no mundo inteiro matam-se os homens quando lhes falta O AMOR AO PRÓXIMO. É o ENSINAMENTO QUE DEVERIA SER MINISTRADO EM TODAS AS ESCOLAS NO MUNDO INTEIRO! Até no Brasil, que deveria servir de exemplo de convívio entre as diferencas, matam-se entre sí por motivos mais triviais: Corinthianos,Palmeirenses e Sampaulinos! Querem absurdo maior!? Incrível mas acontece em todo o mundo. Matam-se por diferencas futebolísticas! Ensine-se as criancas a AMAR e RESPEITAR o seu próximo. É a única e verdadeira solucão.

    P.S.- Cumprimento o Sr.Kishinhenvisk pelo seu texto humano, exemplo de inúmeros outros judeus ilustres que conheci.

  14. escriba disse:

    o texto está apenas em portugues. Fique à vontade para traduzi-lo na língua que for! abs!

  15. Ieda disse:

    Perdão, gente, mas enquanto o Estado da Palestina não for aceito, também não aceito o de Israel.

    Não sou nada mais que vocês, mas como ser pensante tenho esse direito!

  16. Marli Enide Píccolo disse:

    Não tenho tido oportunidade de ter contato, com os judeus. Meus bisavós seus sobrenomes eram CHRIST e LHAR.
    Sinto e tenho certeza que em nosso País, os SRS, seram sempre benvindo, e Abençoados.
    Gosto e tenho admiração, ao encontrar alguma pessoa com a vestimenta preta. Não sei distinguiras diferenças entre
    Rabino, o Sr.SABEL.
    Despeço-me, com carinho marlienide

  17. MM disse:

    Como judeu, ateu, me solidarizo com Marcelo Kischinhevsky.

    Sei que este post já foi publicado há algum tempo e que talvez meu comentário não venha a ser lido.

    Mas hoje ocorreu algo que me surpreendeu bastante e que gostaria de dividir com quem tenha a capacidade de compreender.

    Ouvia, através da Internet, as transmissões da Radio Globo de Honduras. Talvez uma das poucas emissoras hondurenhas contrárias ao golpe.

    Segundo pude entender pela transmissão, dois assessores do Mossad orientaram as forças de repressão do governo golpista de Micheletti com fins de fazer com que Manuel Zelaya e seus seguidores abandonassem as dependências da Embaixada brasileira.

    Segundo o locutor, o método empregado seria o de fazer com que a urina em contato com substâncias químicas produzisse um gás capaz de provocar algum tipo de reação adversa nos ocupantes da embaixada.

    A partir daí, não conseguia acreditar no que o locutor dizia. Disse que sentia muito que Hitler não tivesse podido terminar com sua obra, se referiu aos judeus de forma generalizada como “essa raça”, e muito mais falou confundindo todos os judeus com a extrema-direita israelense.

    Estou ainda surpreso e indignado com a ignorância desse locutor que difunde ódio e preconceito para a Resistência Hondurenha, composta em sua maioria por pessoas simples, que talvez não tenham conhecimentos para distinguir, o que ele tinha por obrigação de conhecer.

  18. roger disse:

    a essa altura ia ser difícil(pra não dizer impossível) romper com tanto ódio de ambas as partes, mais a unica solução seria criar um estado laico e misto palestino/judaico, o governo punir com severidade crimes etnico/religiosos. Promover a convivência e a tolerância pacífica entre os dois povos.

  19. A guerra « Tolerando disse:

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    […] 16, 2009 por Sávio Ponte Achei incrível este texto de Marcelo Kischinhevsky e sinto-me na obrigação de dar voz a ele por aqui também, é só clicar no link acima. O […]

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