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O grande calcanhar de Aquiles do governo Lula sempre foi a pouca atenção dada às questões ambientais. Liberou variedades transgênicas de soja e milho, colocando nossa biossegurança em risco; retomou o programa nuclear, enquanto outros países apostam em energias renováveis como a eólica e solar; incentiva desmatadores na Amazônia e ainda quer reduzir a reserva legal no país para incentivar o plantio de palmáceas e outras plantas consideradas energéticas (cana, babaçu, mamona, e por aí vai) na onda dos biocombustíveis. Agora, com a demissão da Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente, definitivamente a agenda ambiental subiu no telhado do governo Lula.
Parece que estamos voltando no tempo, mais precisamente à década de 1970, quando a ordem era desenvolver a qualquer custo, colocando questões ambientais como entraves ao crescimento do país. Com a queda de Marina, o Brasil parece ter optado por um modelo predatório, a la China. Um desastre.
Segundo notícias que li, Lula teria ficado irritado com a forma como Marina saiu do Ministério. Pois eu fiquei foi puto, e com Lula, por ter permitido que a situação chegasse a esse ponto.
Jorge, perdoe-me a discordância, mas creio – e constato pelos exemplos que você citou – que a agenda ambiental nunca deixou o telhado, seja no Governo Lula ou nos governos anteriores no Brasil.
A partir do momento que o país adota uma política econômica neo-liberal, não há agenda ambiental que sobreviva.
A recuperação das relações entre o homem e o meio ambiente passa pela rediscussão do conceito de propriedade. Do contrário, estaremos, cada um de nós, falando do “meu ambiente”.
Abração,
mh
Mario, sou forçado a concordar com vc. É que com a Marina no cargo, ainda havia uma esperança de que a questão fosse posta em evidência. Agora, babau… já era…
Me assustei ontem ao me deparar com a notícia de que a Marina estava saindo do Ministério. Assim como muitos que despediram-se nos primeiros anos, ela cansou-se de dar soco em ponta de faca. Acreditava muito nela, pois com todas as dificuldades, ela sempre foi muito hábil para conseguir o pouco-muito – encarando o fato que quem banca o governo são empresários e banqueiros donos de terra – que conseguiu. Sei lá, embora acredita-se nela, sempre encaro o fato que de as mudanças reais partirão das pessoas mesmo, aqui embaixo… Vamo que vamo!
é verdade, Cabelo, mas o que me entristece é que o governo que eu apostei está dando uma banana para o meio ambiente… mas a MArina vai tocar o barco no Senado com disposição… e a gente faz o nosso barulho no varejo aqui embaixo…
abração!
É isso aí, Jorge.
Pelo menos o senado ganha uma alma decente.
E temos que fazer nosso barulho, sim!
Abraços,
mh
vamu q vamu!! sentando pirão na bagaça!!
o lula disse que o processo vai continuar, independente desse ou aquele ministro. eu acho bem difícil manter a pegada da marina.
fiquei triste com a notícia também. pôxa, o meio ambiente que é a maior riqueza da humanidade é tratada dessa forma escrota pelos governos ao redor do mundo.
só tristeza que eu consigo sentir.. logo mais vai pintar a revolta.
parece que é isso que eles querem: revolta.
abraço
fabrício
Fabricio, nem que ressuscitassem o Lutzenberger conseguiriam manter a mesma pegada… a porteira foi aberta e vai ser dificil recuar agora perante a moral que ganhou o agronegócio, madeireiras, e quem defende o crescimento a qualquer custo…
triste, mas verdade…
Excelente post!
valeu Marilia!!
E o Minc?
Não o conheço, é bom?
Minc pra mim era Ministério da Indústria e Comércio.
Vi uma rápida entrevista dele acabando com a raça do Blairo, o que é a obrigação de qualquer ambientalista. Mas tive boa impressão. Contudo, leio que o governo do Rio licenciou em tempo recorde obras que interessavam ao governo federal.
A ver…
Abraços,
mh
Sempre votei no Minc, Mário, quando morava no Rio – para vereador e deputado estadual. Ele sempre foi um ativista, gosto dele. O problema é que, como vemos, sempre mudam de pele quando chegam a cargos políticos. Marina resistiu um bom tempo, mas caiu. O Minc, pelo que soube, tem feito uma gestão complicada no Rio, liberou o novo pólo petroquimico do Rio em tempo recorde, mesmo cheio de problemas, etc… enfim… nao to animado nao, infelizmente…
À frente do ministério, a Marina viveu engessada pelo governo. Mas era uma das grandes referências de política progressista e honesta. Você percebeu que, aos poucos, o governo petista foi dando lugar a um governo sem PT?
O positivo da saída voluntária dela foi que mostrou a falta de preocupação do atual governo com o meio ambiente, que sempre esteve ausente nos anteriores. Porém a repercussão nacional e internacional foi algo que, tenho certeza, o “molusco” não esperava. É bom que ele abra os olhos para o meio ambiente se quiser continuar recebendo investimentos do exterior.
Não diria falta de preocupação, mas visão equivocada em relação ao meio ambiente.
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