Sempre que se cria muita expectativa, o resultado não é lá essas coisas. Disso eu bem sei, mas não pude evitar. Estava animadíssimo com minha primeira viagem de ônibus pro Rio com as crianças, pra eles curtirem a valer o Carnaval em blocos de rua. Mas choveu nos três dias que ficamos por lá (ok, na manhã de sábado fez sol e fomos à praia. E só). De carnaval, meia hora no Bloco da Segunda, na Cobal, por causa da maldita chuva.
Apesar deles terem se divertido com a prima-amiga Clarinha, o tio Beto e a tia Juli, o vovô ferramenta (meu pai), os primos Dedé e Fabinho, e as tias-avós Neném e Sueli, voltei pra sampa com um quê de decepção. Imaginei um carnaval colorido, rueiro e com muita praia, mas o tempo estava tão cinzento quanto um dia comum em São Paulo.
Mas tudo bem. Eles gostaram e é isso que vale. No carnaval de 2009 eu tento novamente. E deu pra ver também que não é um bicho de sete-cabeças viajar com a tropa de ônibus (se comportaram bem tanto na ida como na volta) e já planejo outras aventuras. Quem sabe encarar 17 horas pra visitar a vovó Brasília (minha mãe) ou levá-los a Penedo no meio do ano pra comemorar com meus antigos colegas de turma da ECO os 20 anos do início do resto de nossas vidas.
Agora é pensar nos novos tempos aqui em sampa mesmo. Estou separado e acabei de arrumar um novo apê. Martim e Sofia estão adorando a idéia de ter uma segunda casa (ainda bem!), mesmo que ela por enquanto só tenha um colchão, uma torradeira, meus discos e livros, e nada mais… ‘Era uma casa, muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada…’ Inevitável pensar na música hehehehe.
O bom é que vou ficar perto tanto dos moleques como também do trabalho. O bairro (Alto de Pinheiros) é agradável e vou fazer tudo de bicicleta. Além disso, sem eletrodomésticos (só a torradeira…) e carro, darei minha contribuição na luta contra o aquecimento global, já que minhas emissões serão mínimas. Alguém quer comprar créditos de carbono?
Crianças não ligam para esse negócio de viajar de ônibus. Passei minha infância inteira indo a Birigüi enfrentando seis horas de sacolejo, a bordo da Reunidas. Adolescente, comecei a viajar de trem (nada mais louco, principalmente se devidamente alocado em uma cabine). E foi assim, só no galeio, que eu fui até à fronteira com a Bolívia e descobri as maravilhas das praias do nordeste. Os das antigas vão se lembrar: “liberdade é uma calça velha azul e desbotada…”. Saudade.
Vida nova? Bola pra frente! Outros outubros virão e tem muita coisa boa pra acontecer ainda. Só posso desejar muitas felicidades à família Cordeiro. E se quiser colocar Descalvado no roteiro de viagens, mi casa, su casa. O céu azul eu garanto.
valeu, Fabião. Com certeza, no roteiro estará Descalvado!! Vc precisa depois me passar o roteiro – onde pego onibus e tal…
abs!
ahhhhh muito legal!!!!
Lembrei da minha infância…..minhas viagens de ônibus para visitar minhas tias em Itajubá-MG.
Mas o que mais gostava era descer a serra de santos de trem….quinzenalmente meus pais pegavam os filhotes e lá íamos nós serra abaixo no Trem expresso, um passeio maravilhoso, lindo, repleto de cachoeira e muitas árvores e depois a praia….pena que eles tiraram o trem
Bom é isso aí…querendo vir para Ribeirão Pires trazer as crianças para um passeio de trem a casa esta de porta aberta.
Rosi
Não convida duas vezes que eu vou, heim…
bjs!