Acabei de achar um curta sensacional do Claude Lelouch, filmado em Paris em 1976. É pé embaixo toda vida pelas ruas vazias da cidade numa sonolenta manhã, a bordo – reza a lenda – de uma Ferrari 275 GTB que ele tinha acabado de comprar com o dinheiro que ganhou com Un Homme et une Femme. Leia aqui outros detalhes de como foi feito o filme. O cara avança sinais, entra pela contramão, tira fino de outros carros, sobe em calçada, derrapa em curvas fechadas, tudo pra chegar a Montmartre e, em frente à igreja Sacré-Coeur, encontrar… ah, veja vc mesmo!
-
Posts recentes
Comentários
Arquivos
Categorias
Meta
uai, agora que eu entendi… hahaha… vc não tinha mudado de casa mesmo? ara, eu lembro disso. Achei tu tava me chamando pra ir lá. hahaha… ah, vou mudar o link pra cá. beijoca
affe!
animal…
Não vou contar o final do filme. Garanto que Lelouch teve bons motivos para acelerar feito um louco.
Sou fissurado em road movie. Fiquei sabendo por aí, num site qualquer, que o clássico Vanishing Point (Corrida Contra o Destino), de Richard Serafian, vai ganhar uma nova versão. A primeira foi rodada em 71 e virou cult. O remake será tocado pelo diretor Samuel Bayer.
Pra quem não se lembra, o filme conta a história de Kowalski (Barry Newman), que tem a missão de levar um Dodge Challenger 70 de Denver, no Colorado, até San Francisco, na Califórnia, em 15 horas.
Durante a empreitada Kowalski envolve-se em enrascadas diversas, tendo (claro) a polícia em seu encalço. Conta com o apoio do DJ Super Soul (Cleavon Little), cego, que o incentiva acelerar mais e mais e o guia transmitindo mensagens cifradas, pelo rádio. Num dos momentos mais bonitos e dramáticos, Kowalski perde-se no deserto de Nevada. Soul o adverte: “você pode vencer a estrada, a polícia, o relógio; mas não o deserto.” Cego guiando cego, como bem observou o crítico Reynuncio Lima.
A jornada da “última alma livre de todo o planeta; do último herói livre da América; do centauro elétrico, caçado pelos azulões fascistas e corruptos” é embalada por uma trilha sonora de primeira. A música mais conhecida é Freedom of Expression, de J.B Pickers, tema do Globo Repórter.
Vou rezar para que o espírito libertário do filme continue intacto. E que jamais revelem o que realmente aconteceu com Kowalski. Isso brota da cabeça de cada um.