Traficante gay


(Não se esqueça de pausar a rádio antes de por o vídeo pra tocar)

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8 Responses to Traficante gay

  1. Avatar de Luciana Luciana disse:

    Tinha pulado esse post porque quase sempre tenho preguiça com vídeos e também porque o título não me interessou. Mas hoje um amigo me deu um toque e voltei aqui pra ver. Sei não, mas esse tipo de humor me parece bem complicado. Na verdade, eu não consigo ver humor. Talvez porque, como disse meu amigo, parece que o risível é o cara ser gay. E assim, acho que isso é meio que falta de atenção, de cuidado, o que não ajuda a gente a fazer um mundo mais generoso. Fiquei incomodada. Tudo é opinião, né? Então, acho que o vídeo não combina com um blog tão legal quanto este.

  2. Avatar de jorge jorge disse:

    luciana, ate entendo o seu ponto de vista, mas o video eh apenas uma bem-humorada esquete sem pretensoes… não leve tudo muito a serio, caso contrario, viveriamos soturnos toda vida. este blog trata de temas serios mas tb de frivolidades, desde q bem boladas e humoradas – segundo a minha opiniao, claro. sinceramente não acho q o video seja negativo aos gays – muito menos aos traficantes… (rs).
    bjs !!

  3. Avatar de Cleber Cleber disse:

    Salve, Jorge!
    Sou o tal amigo que deu o toque pra Luciana e, como ela, um freqüentador assíduo do seu blog. Li o comentário dela e sua resposta e resolvi dar um alô também. Por favor, não se sinta patrulhado: humor é sim essencial e, de resto, você é soberano sobre o conteúdo do Escriba. Mas na boa: eu também achei o vídeo meio alienígena em relação ao resto do blog. É que ele tem um humor que me lembrou os piores momentos do Casseta e Planeta, ou do Zorra Total, ou de A Praça é Nossa, que é quando você é levado a rir do personagem, e não a partir dele. O negro é engraçado porque é negro, o gordo porque é gordo, o judeu porque é judeu… sabe? Aquele humor que pra funcionar precisa de uma categoria humana bem delimitada e já cheia de “significado intrínseco”. Preconceito mesmo. Aí a piada consiste em apontar e identificar essa categoria, nada mais. A gente, que pretende não ser aquilo, ri. Sem sutileza e, como lembrou a Luciana, sem generosidade.

    Pra falar do contrário, olha só: ninguém ri do Carlitos porque ele é um vagabundo, ainda que ser um vagabundo seja essencial para a construção do humor específico do personagem. Ser vagabundo é a chave que dá acesso às situações em que ele se mete, e a gente ri delas, ri por empatia. Chaplin é genial porque cria pontes entre o vagabundo e qualquer outro tipo de pessoa, de grupo, de classe. Transcende tudo pelo humano. Nesse vídeo é o contrário: o cara monta a caricatura e não consegue sair dela. Nada acontece, é tudo repetição do fato inicial: o personagem é traficante e é gay. A tentativa de humor se baseia na suposta contradição entre essas duas condições. Só que se você flexibilizar – um pouquinho que seja – a idéia do que é ser gay ou do que é ser traficante a piada já desmorona. Para o humor se manter, é necessário contar com uma concepção rígida de “o gay” e “o traficante” (e eu diria também: uma concepção branca, burguesa e heterossexual). Nenhuma ponte é criada, mas o muro de sempre é reforçado, ainda que sem pretensões, porque é automaticamente acionado na platéia. Eu tenho certeza que um personagem traficante e gay pode render grandes piadas porque qualquer tipo humano pode render grandes piadas. Mas é dureza partir do princípio de que algum tipo humano é por si só uma piada.

    Pra finalizar o pitaco: concordo com você quanto ao fato do vídeo não ser negativo aos gays ou aos traficantes. Quer dizer, ele até é, mas não deliberadamente. Parece claro que não houve nenhuma intenção de ofensa por parte do ator (e autor?) contra ninguém, ele só seguiu o automático… por isso entendo que tenha havido espaço pra você curtir a piada e postá-la no blog. Mesmo assim, faço eco à opinião da Luciana e me sinto autorizado, como seu leitor freqüente, a dar dar este alô e ajudar a levantar a lebre: esse vídeo caiu mal no meio de tanta coisa bacana do blog, e talvez essa sensação de descompasso se baseie em alguma outra coisa além dos gostos por esse ou aquele tipo de humor. Sem patrulha nem cerceamento, falar a respeito é tentar oportunizar que essa “alguma outra coisa” seja detectada, debatida e, de repente, do debate resulta algo a ser compartilhado. E, te garanto, isso não tem nada a ver com uma visão soturna da vida.

    Grande abraço!

  4. Avatar de Luciana Luciana disse:

    Jorge, humor é fundamental sim, e as frivolidades também. Nem sempre a gente vai se divertir com as mesmas coisas, mas isso não é problema. Eu tava falando de cuidado, de certa prudência que acho legal ter pra que a vida de todo mundo fique mais leve, mais “bem-humorada”, e não mais soturna. Beijos também!!

  5. Avatar de jorge jorge disse:

    pode acreditar, eu tenho um baita cuidado com as coisas q publico aqui, evitando ao maximo certos preconceitos tao comuns em nossa imprensa, por exemplo. e nossa divergencia sobre o tipo de humor ou assunto publicado neste blog eh saudavel, pq soh me faz ter ainda mais cuidado na hora de postar.

    Valeu!

  6. Avatar de Luciana Luciana disse:

    Eu não tenho dúvida de que você é supercuidadoso. Foi por isso que me senti à vontade pra comentar.
    Boa semana!

  7. Avatar de escriba escriba disse:

    fique à vontade, Luciana! Sempre!

    abs!

  8. Avatar de Jorge velasco Jorge velasco disse:

    Acho que o video é um show e as pessoas que não tem humor é que falam mal! Meus parabéns para os produtores!
    Um abraço!

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