Radical sim, com muito orgulho

Esse texto, que escrevi ontem à noite para o site do Greenpeace, vai para aqueles que acham que me ofendo quando sou chamado de radical:

Há 60 anos, morria um radical da não-violência: Mahatma Gandhi

“Existem dois dias no ano em que não podemos fazer nada: o ontem e o amanhã”

Muitos consideram o Greenpeace como uma organização radical. Eles estão certos. Somos radicais pela proteção do planeta e pela não-violência. E não somos os pioneiros. Há 60 anos, em 30 de janeiro de 1948, foi assassinado um dos nossos maiores inspiradores, Mahatma Gandhi, líder indiano pioneiro da filosofia de ações e protestos não-violentos.

Isso está em nosso DNA, desde que, em 1971, um grupo de ambientalistas e jornalistas zarpou do porto de Vancouver (Canadá) no navio Phyllis Cormack para impedir testes nucleares americanos nas ilhas Aleutas, no Alasca. De lá para cá, praticamos rigorosamente esse princípio. Como Gandhi, acreditamos ser possível mudar o mundo com base nesse valor.

Confira aqui os valores do Greenpeace.

Ao longo de décadas, Gandhi defendeu o uso da não-violência como forma de luta em diversos países. Na Índia, promoveu protestos como a Marcha do Sal, ato pacífico de desobediência civil realizado em 1930 que levou milhares de pessoas a desafiarem leis britânicas que proibiam indianos de fabricar seu próprio sal. Sob sua liderança, o país conquistou a independência do Império Britânico e ganhou os alicerces para o moderno estado indiano.

No Brasil, há quem considere o dia da morte de Gandhi como Dia da Não-Violência, mas a ONU instituiu no ano passado, oficialmente, o dia 2 de outubro – data de seu nascimento. Para nós do Greenpeace, todo dia é dia de não-violência. E somos radicais quanto a isso.

De quebra, ainda coloquei um link para a íntegra do manifesto A Desobediência Civil, do filósofo, pacifista e escritor americano Henry David Thoreau, uma das fontes de inspiração de Gandhi e também do Greenpeace.

Esta entrada foi publicada em Meio Ambiente. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

4 Responses to Radical sim, com muito orgulho

  1. Avatar de Marcos Marcos disse:

    “Ser radical é tomar as coisas pela raiz. E, para o homem, a raiz de todas as coisas é o homem.”
    Ele, o véio, Karl Heinrich Marx.

  2. Avatar de Leandra Leandra disse:

    Muito bom o texto….
    No contexto das discussões entre Greenpeace e Sea Sheperd no meu blog…resolvi plagear, e te citando lógico, coloquei seu texto no blog…

    Esperando que isso esclareça dúvidas sobre nossa forma de atuação.
    Muito bom!
    Beijos
    lelê

  3. Avatar de h h disse:

    a vida não é opinião.

  4. Avatar de Vinicius Vinicius disse:

    Acho que o nosso amigo ‘h’ esqueceu o que é uma coisinha chamada ‘existência humana’. Essa é a minha opinião.
    Parabéns pelo blog; na ‘febre’ imediatista de que os usuários da internet são acometidos, esqueci de olhá-lo todo. AINDA BEM QUE VOLTEI. Muito legal mesmo !

Deixe um comentário